Diferenças entre o falar e o escrever
“Escrever é emprestar as mãos à nossa alma para que ela possa falar”
A orientação psicológica on line pode ser prestada de forma assincrônica (e-mail) ou sincrônica (chat ou webcam/voz).
Falar e escrever têm, ambos, efeito terapêutico porque propiciam algo que os psicólogos chamam de catarse, ou, na linguagem coloquial, um desabafo, um desafogo. Tal fato provoca um esvaziamento do psiquismo, capaz de abrir espaço para algo novo, refletido e, possivelmente, mais elaborado.
O que pode haver de diferente entre o falar e o escrever é que, no segundo caso, as pessoas traduzem emoções em palavras e estabelecem nexo e cronologia aos fatos. Expressar no papel – ou na tela do computador – as próprias experiências negativas parece aprimorar a percepção da pessoa a respeito de si mesma e dos acontecimentos que a cercam, pois a escrita “ensina” a mente a pensar de forma mais complexa e articulada. É como se, ao serem colocados no papel, desejos, necessidades e emoções se tornassem mais claros. E há, sempre, a possibilidade de se retornar ao que se escreveu, lapidando, ratificando ou revendo os próprios pensamentos e traçando novas diretrizes para a vida. É bastante comum àquele que escreve, reler posteriormente seus textos e dizer: “Naquele dia estava me sentindo muito mal, já melhorei, agora. Não penso mais daquela maneira”. Isso denota capacidade de reflexão e avaliação acerca dos próprios problemas, o que poderia ter resultados diferenciados em caso de uso – somente – da palavra falada.
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